domingo, 31 de outubro de 2010

Ressaca Eleitoral II


Ontem foi o dia em que a Paraíba definiu sua trajetória para os próximos anos.

O processo eleitoral foi normal, a exemplo das eleições passadas, consagrando de uma vez por todas a força da Justiça Eleitoral Brasileira, a mais moderna e eficaz do mundo.

O resultado do jogo eleitoral apontou maioria confortável ao candidato oposicionista, ex-prefeito da Capital Ricardo Coutinho do PSB derrotando o governador José Maranhão.

A oposição se mostrou coesa, organizada e determinada para vencer o candidato pemedebista à reeleição, mesmo sob o comando da máquina estatal, não obteve o respaldo popular nas urnas.

Em pleno dia das bruxas, 31 de outubro de 2010, a Paraíba mostrou que não existe carta marcada nem previsão de pesquisas eleitorais quanto ao resultado da votação majoritária.

As pesquisas, até não erram muito, já que utilizaram largas “margens de erro” como metodologia científica evitando desgastes no segundo turno.

Nesta segunda-feira, dia imprensado no serviço público paraibano, resta aos perdedores a humildade em reconhecer o resultado das urnas e a sensação de amarga ressaca eleitoral que se estenderá por quatro longos anos.

O baixo nível e ausência de propostas de governo foi o tom de campanha com os candidatos ocupando o precioso tempo em discussões pessoais, que não surtiram efeitos nas urnas.

O “fogo amigo” atuou fortemente destilando vingança contra aliados e seguidores tradicionais, maltratados e rejeitados pelos prepotentes comandantes da campanha eleitoral situacionista.

Partidários estranhamente não foram aproveitados no processo eleitoral, sendo excluídos, execrados e até humilhados pelos “mestres” do marketing político que achavam que tudo estava perfeito e acabado, se auto-gloriando do que faziam.

Quis a pequenina Paraíba confirmar a vitória da oposição e o sentimento de mudança no comando estadual do Poder Executivo.

Destacável a versão mal acabada de “Tony Blair”, modelo tabajara, deixando à pagar uma conta muito cara pela prepotência, vaidade, egoísmo e desrespeito a quem julgou de “pequenos e sem valor”.

A vida nos ensina que os tidos como insignificantes, ao se unirem, tornam-se fortes e invencíveis.

A filosofia popular preleciona de graça, que nas eleições não tem lugar para treinar; pois jogo é jogo, enquanto treino é treino...

O Governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho, deverá ter grande trabalho articulando sua maioria na Assembléia Legislativa paraibana, já que a maioria na Casa de Epitácio Pessoa é de todo importante para o desenvolvimento do novo governo.

Parabéns ao Governador Ricardo Coutinho e para o “Tony Blair” tabajara dedico e lembro as palavras de Patrícia Nixon "você não pode subestimar o poder do medo."

No cenário nacional vence o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, superando o desastre do primeiro turno, para demonstrar nas urnas porque é hoje reconhecidamente a maior força política do país.

O Brasil tem a primeira mulher a comandar os destinos da nação.

Dilma Rousseff venceu preconceitos para ser a primeira mulher Presidente do Brasil, merecendo especial crédito de confiança, juntamente com sua agremiação partidária, o Partido dos Trabalhadores, mantendo o padrão de governar por mais quatro anos.

Aos vencedores comemorar intensamente a vitória, enquanto aos perdedores restam enrolar a bandeira e chorar o leite derramado, em meio a repetida ressaca eleitoral!

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