sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O poder da advocacia



A única profissão que nossa Constituição confere o caráter da essencialidade é a advocacia, conforme a conhecida dicção do artigo 133 da Carta Política.

Sim, porque o advogado é “indispensável à administração da justiça, sendo invioláveis seus atos e manifestações no exercício da profissão”. Em outras palavras: sem advogado não existiria justiça!

Contudo, o advogado brasileiro tem muito que exigir quanto ao respeito as suas prerrogativas. Os órgãos encarregados de fazer justiça tem, em alguns de seus membros, exercício de suas atividades em flagrante descompasso com a harmonia constitucional, atacando as prerrogativas da classe.

No dia-a-dia forense a falta de urbanidade, por alguns magistrados, no atendimento aos advogados, partes e testemunhas, macula a lição aplicada pela LOMAN – Lei Orgânica da Magistratura Nacional, fato ocorrente também na relação de alguns representantes do ministério público, de funcionários públicos e da polícia judiciária.

Assim, é grande a reclamação do maior número dos advogados que se queixam ao simples acesso aos setores essenciais da justiça.

Não é novidade alguma se reconhecer a vagarosidade na tramitação dos processos, mesmo no esforço supremo dos magistrados, que com julgamentos em bloco ou monocráticos não conseguem desentravar a máquina judicial, que na Paraíba só tem um turno expediente corrido.

As custas processuais na minha pequena Paraíba, por exemplo, entrava o quanto pode o acesso a justiça, tornando difícil explicar aos jurisdicionados o porquê de pagar tanto na Justiça Estadual e tão pouco na Justiça Federal...

A luta pela diminuição das custas judiciais vem se arrastando há décadas, com a OAB-PB inerte e o forte CNJ sem meios para intervir nas tabelas de custas. Só se ver propagandas, discursos políticos e nada mais!

Recentemente, mesmo com ensurdecedor o brado dos advogados, quanto ao sagrado honorário advocatício, que vem sendo alvo de censuráveis reduções em decisões judiciais, nada tem sido feito de real ou concreto, para atacar e sensibilizar o Judiciário. Seria mais ou menos, se dizer que “ganhou, mas não levou”!

Em meio às reclamações dos advogados, chegamos no tempo de mudança nas Seccionais da OAB, e em todos os Estados do nosso país é feito autoanálise dos problemas que assolam a categoria, sendo considerados os mais graves: o aviltamento dos honorários e das prerrogativas!

“MUDA OAB-PB” é um movimento oposicionista à letargia instalada na Seccional Paraibana, que se levanta contra os desvios estatutários da nossa autarquia federal atípica, hoje regada a festinhas para uns poucos, com (re)inaugurações bombásticas de simples pintura e piso de auditório, embalada nas campanhas de balizamento do trânsito, combate a seca e instalação de “homicidômetro”, sem esquecer dos autos custos das despesas de veiculações midiáticas, nada sobrando para o advogado militante.

Conclamo todos os colegas advogados a desfraldarem a bandeira da mudança, onde não faltará a voz destemida em defesa intransigente dos advogados de minha terra.

O forte poder da advocacia, que outrora liderou as diretas já para Presidente da República, fim da censura e a anistia geral resta intacta em seu contexto, faltando apenas vontade de fazer.

E essa vontade é o exercício legítimo do PODER DA ADVOCACIA que começará pelo direito de mudar a diretoria e os conselhos da Seccional paraibana da OAB, acordando da inércia, para melhorar formação de uma advocacia destemida, sob o sol libertário da nossa história.

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sábado, 15 de setembro de 2012

Medo das urnas




As eleições da OAB-PB estão próximas e as articulações, manobras e o trabalho de bastidores já começaram.

A atual administração da OAB-PB, ainda, nos embalos de festinhas para poucos, deu sua última cartada com inaugurações de “reparos” na sede da seccional e sub-sessões.

Em Cajazeiras-PB, por exemplo, a obra foi custeada pelo Conselho Federal e com a mobília a cargo da Caixa de Assistência dos Advogados, e por incrível que pareça, teve inauguração realizada festivamente pela Seccional.

O gasto com material midiático pago em jornais e portais, tenta apagar da mente dos advogados paraibanos a letargia instalada na Ordem durante os primeiros dois anos e seis meses de gestão.

Nos últimos três meses as coisas acontecem como se fosse final de novela ou seriado, tudo pode, inclusive, acordos indecentes feitos em cochia envolvendo antigos adversários e maquiagem dos prédios para jogo de marketing.

A coisa está ficando séria e preocupante! O medo das urnas fez a OAB-PB tomar rumos nunca vistos.

Em publicação no Diário Oficial me deparei com edital convocatório dos advogados paraibanos para as eleições da diretoria e conselho que administrará a Ordem no triênio 2013/2015.

Para minha surpresa constatei o real receio da atual administração de disputar o voto nas urnas, primeiro em vista da palavra empenhada de extinção da famigerada reeleição, depois pelo verdadeiro e conhecido desgaste administrativo.

Pois é, no edital a eleição ficou marcada para o dia 19 de novembro, que é uma segunda-feira, após final de semana do feriadão da “Proclamação da República”, inclusive, com drástica redução do horário de votação, já que o processo de votação pelo edital, inicia-se às nove, com término as dezessete horas.

Por que será?

É o temor das urnas, já que a maioria não aprovou a conturbada gestão atual. Indiscutivelmente a advocacia militante e os jovens advogados darão a resposta pela falta de cumprimento de palavra e inércia na defesa de bandeiras que a categoria almejava.

Na realidade foi o fim do sonho depositado na oposição de outrora, que defendia “um novo tempo” com custas baixas, fim da reeleição, respeito e assistência ao advogados dentre inúmeros projetos alvissareiros para classe.

Vejo com tristeza todo esse cenário, mas ao invés de baixar a cabeça, levanto-a e conclamo os demais colegas, na certeza do alvorecer de um novo sonho, afastando da nossa OAB-PB a intromissão da política-partidária e subserviência, arrebatando-a para as mãos dos advogados paraibanos, de onde nunca deveria ter saído.

Muda OAB-PB!


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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ELEIÇÕES NA OAB: NOVAS REGRAS ELEITORAIS



Nesse ano as eleições da OAB, trazem novas alterações de regras de propaganda eleitoral.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil adequou o Regulamento Geral da OAB e o Provimento nº 146/2011 às novas sistemáticas estabelecidas pela legislação eleitoral brasileira, conforme consultas respondidas pelo Conselho e Provimento nº 149/2012.

Há uma preocupação do atual Conselho Federal, no sentido de garantir o princípio da liberdade de expressão e da segurança jurídica.

Restou autorizado, como sistema eleitoral geral para cargos políticos do Executivo e Legislativo, a utilização de redes sociais, sites, e meios de comunicação para fins de concessão de entrevistas em rádio, jornal e televisão, sem que isso signifique propaganda antecipada.

Modernamente, facilitou-se a atuação de qualquer advogado que pretenda propor mudanças, alterações e projetos para melhorar e aprimorar a OAB.

Permissivo, também, reuniões de grupos de advogados, visando submeter à parcela da categoria abrindo nobre espaço para democrática discussão dos assuntos pertinentes às eleições da nossa instituição.

Induvidosamente, essas mudanças são importantes, pois não faz muito tempo, o douto Conselho Federal, sob o pálio de trazer economia para as chapas concorrentes houvera mitigada as possibilidades de propaganda e divulgação de projetos, punindo severamente qualquer ato “propaganda antecipada”.

Importante o fato de advogados reclamarem a exposição pública de suas insatisfações, sem o risco calculado de haver retaliação de ataques ou penalidades. O direito de manifestar e criticar é assegurado na carta política brasileira.

Mesmo assim, as modificações não chegaram ao conhecimento dos advogados sobre o processo eleitoral da OAB. É imperioso trazer ao livre conhecimento público marcos do Provimento nº 146/2011 e Regulamento Geral do Colendo Conselho Federal da OAB:

- Para ser elegível para os cargos do Conselho de subsessão, seccional e federal é indispensável estar em dia com o pagamento da anuidade e, ter o mínimo, cinco anos de exercício profissional até a data da posse nos cargos na OAB;

- O período eleitoral inicia-se com a publicação do Edital para inscrição das chapas que acontece até o dia 14 de setembro de 2012;

- A atual composição da OAB nomeará a Comissão Eleitoral a quem competirá realizar o processo eleitoral, julgar processos e proclamar o respectivo resultado;

- Prazo para registro das chapas concorrentes termina do dia 16 de outubro de 2012;

- A composição mínima das chapas concorrentes deve observar, em sua composição, os seguintes cargos eletivos: Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral e Adjunto, Tesoureiro, Conselheiros Seccionais (Titulares e Suplentes), Conselheiros Federais (Titulares e Suplentes) e, Diretores da Caixa de Assistência (Presidente, Vice-Presidente, Secretário Geral, Tesoureiro e Secretário-Geral Adjunto);

- A votação será realizada até segunda quinzena de novembro do ano em curso.

- Além da identidade profissional poderá o advogado comprova sua identidade civil através de outros documentos oficiais, dentre eles CNH, Carteira de Trabalho, Identidade Civil ou passaporte;

- Constitui condutas vedadas aos Candidatos da OAB, fazer uso de bens e serviços da Ordem em benefício da campanha; realizar pagamento de anuidades de outros advogados ou fornecer recursos financeiros; até noventa dias antes do pleito realizar concessão ou distribuição de recursos financeiros a subseções; promoção pessoal de candidato na inauguração de obras e serviços da OAB, dentre outras condutas dispostas no Provimento 146/2011.

Resta aos advogados, o exercício da cidadania e responsabilidade pela escolha livre e independente dos cargos eletivos da OAB, que representará a instituição no triênio 2013/15.


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